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ISSN: 1983-6007 N° da Revista:25/26 Janeiro a Junho de 2015
 
   
 
 

Editorial CliniCAPS – Impasses da Clínica. N.25/26

A Revista Digital CliniCAPS – Impasses da Clínica reabre seus trabalhos de publicação ampliando seu horizonte de discussão. A partir de agora publicará textos de orientação psicanalítica, sejam eles teóricos ou clínicos, bem como textos de interlocução da psicanálise com outros campos de saber e conexões, tais como a psicopatologia, a saúde mental, a política, a literatura, as artes, etc.

Portanto, a partir deste numero 25/26 não estaremos mais restritos a discussão dos impasses e avanços da clínica nos Serviços Substitutivos gerados a partir da Reforma Psiquiátrica, embora essas questões continuem a nos interessar e a merecer espaço entre os artigos da revista.

Ao reabrirmos, fazemos incidir os “impasses da clínica”, os quais apresentam a revista conferindo-lhe uma posição de princípio, sobre um termo que orienta vários dos artigos publicados: a saúde mental. Quais impasses, bem como soluções, o termo “saúde mental” deixa no horizonte?

Jacques-Alain Miller, em seu texto “Parler avec son corps”, publicado no número 27/28 da MENTAL, Revue Internationale de Psychanalyse em 2012, intitulada La Santé mentale existe-t-elle?, observa que, embora nos sirvamos deste termo para fazer uma mediação entre o discurso analítico e o discurso comum, cabe indagar: existe a saúde mental? Á guisa de resposta, ele afirma que a saúde mental não existe, formulação com a qual devolve a cada um seu grão de loucura!

A ideia é a de que, assim como a saúde mental, o caso clínico apresentado como resultado de uma objetividade também não existe! Estamos implicados nos casos que relatamos e se, pelo efeito de nosso trabalho subjetivo em nossas análises pessoais e em nossas supervisões, tentamos reduzir ao máximo nossa presença e aquilo que nos singulariza enquanto sujeitos, buscando reunirmo-nos ao universal do que denominamos desejo do analista, são os analisantes, os pacientes quem, com seus fantasmas, revestem aqueles que os tratam com seus fantasmas.

Com isso em mente, abrimos esta serie de artigos do número 25/26 da CliniCAPS.

De início, uma discussão que concerne à formação dos profissionais de saúde, percorrendo a metodologia de ensino da universidade, baseada na Metodologia da Problematização. Através dela, a história do paciente se faz caso a partir de uma escuta que admite a existência de um sujeito que enuncia os sintomas.

A seguir, uma problematização sobre as incidências clínicas da forclusão generalizada e sobre a demissão do Outro na esquizofrenia, abrem para uma questão especifica: o que pode fazer o psicanalista diante da ironia do esquizofrênico?

Ainda no campo das psicoses, examinaremos a função das alucinações, em contraste com o papel desempenhado pelos delírios, nos primeiros 20 anos do ensino de Lacan, no qual se desenvolve uma clínica lacaniana pautada em Lévi-Strauss, Ferdinand de Saussure e Roman Jakobson.

A seguir, através da apresentação de uma experiência clínica de orientação psicanalítica inserida em um equipamento de Saúde Mental, discutiremos o entrelaçamento possível entre o manejo clínico psicanalítico e as esferas políticas e psicossociais no tratamento de enfermidades psíquicas graves.

Ainda no campo da saúde mental, a partir do acompanhamento realizado no contexto do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, leremos o relato de um caso que evidencia o trabalho na psicose de constituição de uma imagem para si, algo que possa minimamente instituir um corpo que sustente o sujeito.

Finalmente, uma discussão sobre as teorias de gêneros e os semblantes, privilegiando a adolescência contemporânea. Com essa discussão o intuito de pôr a dialogar algumas das contribuições da psicanálise e da teoria queer, tendo como norte os trabalhos de Freud, Lacan, Foucault e Butler.

 

Márcia Rosa Editora responsável pela CliniCAPS – Impasses da Clínica                                                                                                                                                                                                                                                                                        


 
 
Revista N° 25/26
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